“Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores”.

( Trecho da letra do Hino Nacional Brasileiro,
de autoria do Patyense Joaquim Osório Duque Estrada )


A História

“As primeiras notícias registradas sobre a localidade, remontam ao século XVII, quando o sertanista Garcia Rodrigues Paes abria caminho de Minas Gerais ao Rio de Janeiro e encontrou as terras do Alferes Leonardo Cardoso da Silva, conhecidas na época como "Roça do Alferes".
O nome do município refere-se à patente militar do proprietário das terras, alferes (denominação da época para tenente), e à grande quantidade de patis  (palmeiras de pequeno porte) encontradas na ocasião.
Paty do Alferes manteve o charme rural que perdura desde a sua fundação no século XVIII . 
A cidade fez parte do magnífico Ciclo do Café, com suas fazendas históricas, que abrigavam os barões, as sinhazinhas e os negros, criando lendas como a do escravo rebelde Manoel Congo.
No século passado, mais precisamente em 1965, o embaixador e poeta Paschoal Carlos Magno, transformou uma antiga fazenda de café, no maior centro cultural da América Latina: o Centro Cultural Aldeia de Arcozelo, promovendo no município todas as manifestações da arte brasileira.
O clima típico de uma região serrana, traz encantos aos turistas e propiciam ao morador uma rara qualidade de vida com ar puro, verde e o céu de um azul sem igual. 
E foi esse cenário que inspirou o patyense Joaquim Osório Duque Estrada, a escrever a letra do Hino Nacional Brasileiro, fato que constituí um grande orgulho para todos na cidade”.

(Texto: Lena Teixeira Medeiros)

Pontos Turísticos


Aldeia de Arcozelo

Era a antiga Fazenda Freguesia, onde ocorreu a mais importante revolta de escravos da região, liderada por Manoel Congo. Depois, passou a ser propriedade do Visconde de Arcozelo.
João Pinheiro Filho, seu último proprietário, doou, em 1958, a Fazenda Arcozelo para o embaixador Pascoal Carlos Magno criar um centro permanente de realizações artísticas teatrais.
Atualmente, a Aldeia de Arcozelo é administrada pela Fundação Nacional de Arte, do Ministério da Cultura, e aberta à visitação.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Paty do Alferes é um monumento arquitetônico profundamente representativo do mais importante período histórico da região. Foi tombada em 1973 pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Sua construção foi iniciada em 1840, em estilo colonial com estruturas em madeira e paredes frontais de pau a pique. Seu interior é decorado com importantes peças de mobiliário e ícones, tais como as imagens de Nossa Senhora da Conceição e de Nossa Senhora do Rosário, ambas do século XIX, que, ainda hoje, adornam os altares.
Foi inaugurada em 31 de maio de 1844.

Caminho do Imperador

O Caminho do Imperador, que penetra em plena Mata Atlântica, é usado por amantes da ecologia para a prática de esportes como caminhadas, cavalgadas ou trilha de bicicletas.
Origina-se de parte do Caminho Novo de Minas aberto por Garcia Rodrigues Paes no início do século XVIII. Um documento de 1810 menciona um caminho que somente podia ser percorrido a cavalo ou a pé, atravessando a Mata Atlântica entre Paty do Alferes e Córrego Seco, atual Petrópolis.
A partir da criação de Petrópolis em 1843 e da chegada dos imigrantes alemães em 1845, as autoridades do governo provincial decidiram transformar o caminho em uma estrada carroçável. O relatório do presidente da província do Rio de Janeiro, datado de 5 de maio de 1851, justificava as obras devido à necessidade de suprir a colônia com a produção agrícola daqueles campos mais férteis e menos acidentados, além de estimular a fabricação de carros e seges (carruagens).
O projeto original passou por diversos governos e inúmeras correções até que, em 1858, a obra foi concluída sob a orientação do engenheiro Oto Reimarus, com um percurso de 33 km contados a partir da Estrada do Contorno.
Charles Ribeyrolles percorreu o Caminho do Imperador logo que este foi aberto e o descreveu em seu livro Brasil Pitoresco citando panoramas que são esplêndidas pinturas e cenários magníficos que dão vistas à Baía da Guanabara..
D. Pedro II percorreu diversas vezes o caminho cavalgando, surgindo, daí, o nome Caminho do Imperador.

Centro Cultural Maestro José Figueira

A produção artística e cultural de Paty do Alferes conta com a estrutura do Centro Cultural Maestro José Figueira, um dos maiores da região.
Além da arrojada arquitetura, em suas instalações modernas e versáteis realizam-se diversos eventos do município: exposições, apresentações teatrais, cursos, exibição de vídeos etc.
A biblioteca é formada por mais de 40.000 títulos, uma sala especializada em literatura brasileira e acesso à internet com monitoramento.
Dentro do complexo, há um teatro com 110 lugares.

Museu da Cachaça

O Museu da Cachaça é o primeiro no gênero no país.
Seus idealizadores, Íris e Iale Renan, inauguraram o museu em 1991.
Foram necessários anos de pesquisas em bibliotecas e aquisição de centenas de garrafas compradas em todos os cantos do Brasil para montar um acervo vasto e peculiar, que é apresentado aos seus visitantes junto com quadros, coleções de crônicas e artigos, livros especializados, trovas populares, um antigo mini-alambique, dentre muitos outras atrações da história da cachaça.
No Museu da Cachaça, também estão instaladas uma indústria artesanal de aguardente, duas adegas e um bar para degustação gratuita.

Festa do Tomate

No século XX, Paty do Alferes manteve, durante algumas décadas, o patamar de terceiro maior produtor de tomate do país. No ano de 1979, técnicos da CEASA/RJ e da EMATER, realizaram no Mercado do Produtor de Arcozelo (bairro do município) a Semana Técnica, com o objetivo de reunir os produtores rurais num evento que englobasse entretenimento e troca de conhecimentos.
A idéia agradou e ao longo do tempo foi ganhando público e importância. Em 1987, a administração municipal batizou o encontro de Festa do Tomate, em homenagem aos produtores rurais.
O Mercado de Arcozelo foi ficando pequeno para abrigar o evento, e em 1995 a festa foi transferida para o recém construído Parque de Exposições Amaury Monteiro Pullig, situado em Avelar, distrito de Paty do Alferes.
A partir de então, a Festa do Tomate, que acontece todos os anos no Feriado de Corpus Christi, alcançou dimensão estadual, reunindo pessoas de inúmeros municípios que vinham prestigiar o evento.
Além da exposição e concurso dos produtos agrícolas, foram incorporados outros concursos: Leiteiro, Culinária do Tomate (apresentando as modalidades de receitas doces e salgadas) e Rainha da Festa.
Os rodeios, os espetáculos culturais de teatro e os shows musicais, trazendo artistas regionais e artistas de renome nacional, os stands de artesanato, da cachaça produzida em nossos alambiques e de comidas típicas, deram o tom desta festa que hoje é uma das maiores do Estado do Rio de Janeiro, trazendo um público de todas as idades que tem a oportunidade de aproveitar o evento como um todo.
A Festa do Tomate começa a receber os visitantes pela manhã e apresenta programações diversas até a madrugada. O frio desta época do ano proporciona um charme especial à cidade: temperatura certa para roupas charmosas, boa comida e passeios agradáveis.

Raia de Malha

A malha é um jogo bem difundido entre a comunidade local, sendo realizados diversos torneios. Hoje existem, aproximadamente sessenta jogadores cadastrados no Clube de Malha de Paty do Alferes. As regras utilizadas são um tanto diferentes das do resto do Brasil e de Portugal.
(fonte: Wikipedia)